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Inteligência artificial na contabilidade: as perguntas-chave que os consultores já estão a fazer

Estratégia, Legal e Processos

Inteligência artificial na contabilidade: as perguntas-chave que os consultores já estão a fazer

Descubra como a inteligência artificial na contabilidade já está a ajudar consultores e gabinetes a automatizar tarefas, reforçar o cumprimento normativo e criar mais valor para os clientes.

Sage

A inteligência artificial na contabilidade já não é uma promessa de futuro. Cada vez mais consultores e gabinetes estão a utilizá-la para automatizar tarefas, reforçar o cumprimento normativo e dedicar mais tempo ao aconselhamento de valor. A chave não está na tecnologia em si, mas sim nas perguntas que os profissionais estão a fazer para a utilizar com critério e confiança.

  • A inteligência artificial já está a gerar valor real nos gabinetes, automatizando tarefas repetitivas e libertando tempo para o aconselhamento e a tomada de decisões profissionais.
  • A confiança e o controlo humano continuam a ser essenciais, com políticas claras de utilização da IA, cumprimento normativo e supervisão profissional como base de qualquer adopção responsável.

Os consultores e contabilistas não entram em pânico com a IA. Fazem melhores perguntas.

Os consultores fiscais e contabilistas não têm medo da inteligência artificial. O que estão a fazer é colocar as perguntas certas.

Um estudo recente da Sage revela que muitas sociedades de contabilidade esperam que a IA traga benefícios ao seu gabinete no próximo ano. É um sinal claro de que o sector está a passar da curiosidade inicial para uma experimentação mais segura e consciente.

Com base em estudos, entrevistas, eventos e casos reais de clientes da Sage, há cinco perguntas-chave que surgem repetidamente e que definem a forma como contabilistas e consultores estão a abordar a IA na prática e com os pés bem assentes na realidade.

Índice do post

Quer dar o próximo passo na utilização da inteligência artificial no seu gabinete? Com o Sage for Accountants, pode automatizar tarefas, reforçar o cumprimento normativo e concentrar-se no que realmente gera valor: o aconselhamento aos seus clientes. Descubra como a Sage o ajuda a trabalhar com mais controlo, confiança e eficiência.

1. Onde é que a IA gera realmente valor?

Na contabilidade e na consultoria, a primeira pergunta não é teórica. É prática.

Por onde começo? O que vale a pena automatizar?

O estudo da Sage mostra que os gabinetes estão a alargar o seu papel consultivo e a experimentar novas tecnologias, muitas vezes recorrendo a várias plataformas em simultâneo.

“Os leads chegavam de todo o lado, site, redes sociais, recomendações, e ninguém tinha uma visão clara do que estava a acontecer”, explicou Jeri Williams, fundadora da Smooth Accounting, durante uma apresentação no evento Leaders in Accounting.

“Quando começámos a utilizar ferramentas de IA para automatizar e resumir chamadas, toda a equipa passou a ter visibilidade. As conversões aumentaram de forma significativa.”

A experiência da Jeri não é um caso isolado.

Cada vez mais gabinetes estão a obter resultados ao automatizar processos repetitivos e baseados em dados, como o onboarding de novos clientes, as reconciliações ou as verificações de informação, mantendo sempre o controlo humano na revisão e no aconselhamento.

É isto que se designa por IA agêntica: sistemas que actuam em nome das pessoas, mas sempre dentro de limites claramente definidos.

O profissional define a intenção e a IA executa os passos repetitivos. As decisões de critério e as validações finais continuam a ser responsabilidade humana.

2. Como manter o cumprimento normativo e a confiança?

A confiança, a fiabilidade e o cumprimento normativo são as principais prioridades dos consultores quando recomendam software, de acordo com outra investigação da Sage.

A rapidez e a eficiência são importantes, mas não têm valor sem uma base sólida de confiança e uma responsabilidade clara sobre os resultados gerados pela IA.

Quando as barreiras à adopção resultam muitas vezes do desconhecimento ou da perceção de complexidade, a chave está em explicar de forma clara como a IA é utilizada e que mecanismos de controlo existem.

Os gabinetes mais avançados estão a formalizar estes princípios em políticas simples de utilização da IA, fáceis de compreender pelos clientes.

“A IA não é magia. É essencial ser muito claro sobre onde ajuda e onde a supervisão humana continua a ser indispensável. Quando as expectativas não são realistas, surge a frustração e as pessoas deixam de a utilizar.”

O que deve incluir uma política básica de utilização da IA

Uma política simples deve incluir, no mínimo, os seguintes pontos:

Objectivo e âmbito

  • Definir para que fins a IA é utilizada no gabinete e que casos de utilização estão aprovados, deixando claro o que fica fora do âmbito.

Privacidade e gestão de dados

  • Explicar como a informação é tratada, onde é armazenada e como é cumprida a legislação de protecção de dados. Utilizar apenas ferramentas validadas e evitar a introdução de dados de clientes em modelos públicos.

Responsabilidade e revisão humana

  • Definir quem valida o trabalho gerado pela IA e garantir supervisão humana em todo o conteúdo apresentado aos clientes. O profissional continua a ser responsável pela exactidão da informação.

Cumprimento e ética

  • Alinhar a utilização da IA com os padrões profissionais existentes e tratar os prompts e resultados como qualquer outro documento de trabalho, com armazenamento seguro e controlo de versões.

Consentimento e transparência

  • Explicar aos clientes como a IA é utilizada no fluxo de trabalho e que benefícios lhes traz.

Na Smooth Accounting, por exemplo, foi adicionada uma simples linha de consentimento nas marcações de reuniões quando alguns clientes questionaram a presença de um “convidado extra” nas chamadas. Hoje, faz parte do processo normal.

Uma política de apenas uma página pode ser rapidamente elaborada e poupa horas de incerteza, reforçando a confiança dos clientes.

3. O que significa a inteligência artificial para o papel do consultor?

À medida que a IA se integra no dia a dia, demonstrar uma utilização responsável torna-se uma vantagem competitiva.

A grande questão é pessoal: se a IA trata da parte administrativa, como utiliza esse tempo?

A resposta é clara: mais foco no cliente, na análise e no aconselhamento, ou simplesmente numa melhor conciliação entre vida profissional e pessoal.

“A IA leva-nos a 90% do caminho. Os últimos 10% o contexto, a empatia e a credibilidade são onde realmente criamos valor.”

4. Por onde começar?

Muitos consultores concordam num ponto: o mais difícil da IA não é utilizá-la, é começar.

Não é necessário definir uma estratégia complexa nem substituir todo o ecossistema tecnológico. Basta um pequeno experimento controlado.

“O progresso é mais importante do que a perfeição. Experimente uma tarefa repetitiva, aprenda e repita.”

Uma abordagem simples pode ser um sprint de 30 dias: escolher um processo repetitivo, testar uma automatização, definir pontos de revisão e medir o impacto.

Cada pequeno experimento ajuda a compreender melhor como combinar o critério profissional com a tecnologia.

Reflexão final: o futuro da inteligência artificial na contabilidade

Os consultores que compreendem a IA os seus limites e o seu potencial serão os que irão moldar o futuro do sector.

Ao longo da história, inovações como a partida dobrada, as folhas de cálculo ou a cloud ampliaram a capacidade dos profissionais.

A IA agêntica é o próximo passo: software que actua como um colega de trabalho, e não como uma ferramenta passiva.

Os consultores sempre lideraram a mudança. Hoje, a inteligência artificial oferece-lhes uma nova forma de demonstrar essa liderança junto dos clientes e das suas equipas.

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