Como podem os distribuidores tirar partido de conhecimentos avançados de inventário?

Asavin Wattanajantra
Asavin é especialista em tecnologia de informação e inovação para PME.
conferindo stocks em armazém

Na sua essência, a missão das empresas de distribuição não mudou nos últimos anos. Tudo se resume à aquisição, armazenamento e revenda de inventário. Contudo, embora os princípios básicos permaneçam válidos, o setor da distribuição está a mudar:

  • As pressões externas são muito grandes e os distribuidores sentem-se encurralados entre os fabricantes, que exigem mais eficiência, e os retalhistas, que procuram uma maior capacidade de resposta.
  • Existe ainda a ameaça crescente da desintermediação, através da qual os fornecedores disponibilizam aos clientes acesso direto a um produto, dispensando os distribuidores.
  • A concorrência está cada vez mais forte devido à expansão do comércio eletrónico, agravada pelo envelhecimento da mão de obra e pela dificuldade em encontrar uma nova geração de líderes.

No entanto, os distribuidores modernos têm ao seu dispor muitas ferramentas e opções para os ajudar a ultrapassar os desafios atuais, tornando-os mais produtivos, eficientes e, como tal, mais responsáveis a nível fiscal.

Muitas destas ferramentas centram-se no inventário de armazém, agilizando e melhorando o negócio ao nível da relação custo-benefício.

Gestão de inventário: pense na variedade de produtos

O inventário é o segundo maior ativo de uma empresa, por isso, a sua gestão deve ser bem ponderada. As empresas devem usar ferramentas de gestão e controlo de inventário para manter os registos desse ativo. Isto ajudará a conseguir linhas de crédito e a definir o valor do seu negócio.

O inventário de muitas empresas de distribuição assenta em artigos de fornecedores que adicionaram às suas carteiras de produtos. Em muitos casos, o fornecedor cria um inventário inicial baseado em dinheiro, sem ter em consideração a variedade de produtos.

Porém, a gestão de inventário não se deve resumir à classificação do artigo A, B, C e D. É necessário analisar a variedade de produtos através de ferramentas que garantam que o distribuidor não fornece apenas aquela linha específica, mas também o artigo certo, ao preço certo e no momento certo.

O que deve fazer a sua empresa de distribuição?

1) Adicionar novos produtos ao seu inventário com base em novos lançamentos ou melhorias de linhas de produtos já existentes

O rótulo “Novo e melhorado” influencia significativamente a capacidade de venda desses artigos aos seus clientes.

2) Fornecer aos seus clientes artigos fora de stock de catálogos de fornecedores

Em alguns mercados de distribuição, as vendas de artigos fora de stock podem ser 50, 60 ou até 70% superiores às vendas de artigos em stock provenientes da mesma linha. Um excelente ponto de partida será comparar as vendas de artigos em stock e fora de stock, de modo a obterem uma ideia mais clara sobre as fontes de receitas. Esta informação ajuda os distribuidores a escolherem as linhas que têm um maior impacto.

3) Fazer a datação realista do seu inventário

Quando os distribuidores faziam anualmente uma contagem manual do seu inventário físico, era fácil entrar num armazém e reparar nos artigos com etiquetas coloridas. Este indicador visual dava uma noção clara dos artigos armazenados que não eram escoados. Atualmente, o mesmo pode ser feito com recurso a tecnologia informática moderna. O inventário armazenado e não vendido há mais de dois ou três anos talvez deva ser substituído por artigos fora de stock com maior procura.

Imaginemos que possui um inventário no valor de 10.000 dólares proveniente do seu fornecedor. Ao consultar os relatórios de vendas, conclui que este inventário gera uma receita de 15.000 dólares. No entanto, o seu total anual de vendas para este fornecedor é de 40.000 dólares. Isto significa que não está a tirar o melhor proveito do seu investimento em inventário, mais concretamente devido a questões de armazenamento, escoamento e contagem.

Em seguida, verifique quais são os artigos que geram a tal receita de 15.000 dólares. Assumindo que 50% do stock é vendido regularmente, pode dar-se o caso de estar a pagar para a outra metade continuar paradaEstá na altura de olhar para o seu inventário como dinheiro em armazém.

 

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Qual é o stock que está a gerar dinheiro e o que está só a ficar sujo e a apanhar pó?

  • Identifique cuidadosamente os artigos fora de stock vendidos com regularidade e a que clientes. Deste modo, terá uma noção clara dos produtos com maior procura e dos clientes que os procuram.
  • Terão sido vendas pontuais em que as necessidades de fabrico ou de produtos dos seus clientes seriam altamente especializadas?
  • Serão artigos de que os seus clientes continuarão a precisar num futuro próximo?

Converse com o seu fornecedor

Não descarte a metade do seu inventário que não consegue escoar. Talvez consiga substitui-la por artigos com maior procura.

  • Negociar a devolução de produtos não vendidos faz todo o sentido para distribuidores e fornecedores. Além de essa negociação ajudar os distribuidores a prestarem um melhor serviço aos seus clientes, os fornecedores poderão usar os dados das vendas para perceberem que artigos têm maior saída naquela região.
  • Os distribuidores devem negociar com vários fornecedores. O mais importante é não perder o valor do seu inventário nem deixá-lo a apanhar pó, mas certificar-se de que o tempo gasto a geri-lo é compensado.

O controlo de inventário deve constituir uma prioridade para todos os que trabalham no setor da distribuição grossista. É necessário ter uma noção clara do inventário disponível e do modo como está a ser gerido, e encontrar formas de reduzir custos e agilizar a capacidade de resposta. Isto pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso financeiro.

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