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Não subestime o stress laboral na sua empresa

Homem trabalhando com dificuldade

Numa sociedade habituada a viver a mil à hora, a tensão permanente parece ter-se tornado comum e algo que aceitamos com naturalidade e sem questionar.

O certo é que não devemos subestimar este sentimento, nem a nossa atitude de naturalidade face à pressão imposta pela exigência dos prazos, dos horários, enfim, dos nossos empregos diários. As taxas de abstenção laboral, as implicações na saúde pública e ainda o declínio da produtividade – tanto no tecido empresarial privado, como em áreas públicas como o PIB – são algumas das consequências económicas provocadas por níveis de stress cada vez mais altos.

Origem e consequências do stress laboral

As causas de um estado de angústia e ansiedade laboral podem ser bastante diversas. Carga excessiva de trabalho, elevada responsabilidade, relações sociais insatisfatórias ou tóxicas no local de trabalho, escritórios claustrofóbicos, etc. Entre as consequências disto mesmo, podemos encontrar:

  • Aumento das ausências;
  • Frustração;
  • Desmotivação;
  • Stress laboral crónico (burnout)

É sobre os responsáveis de Recursos Humanos que recai a responsabilidade de vigiar e estar alerta para estas situações.

Como combater o stress laboral?

A primeira coisa que devem perceber é que o stress é uma resposta fisiológica do ser humano – um mecanismo de defesa, se assim o quiserem. A sua missão é preparar o organismo para enfrentar uma situação nova que é percebida como uma ameaça.

O resultado mais comum do stress é a preguiça, que invariavelmente redunda em níveis de produtividade perto do zero. Por exemplo: quando uma empresa implementa uma nova linha de trabalho, ou revê os seus objetivos, é possível que os trabalhadores se sintam relutantes – por natureza, o ser humano resiste à mudança.

Mas não devemos entender a mudança como algo negativo. O melhor a fazer será encontrar e implementar as ferramentas certas para dar a volta a uma situação (aparentemente) negativa.

Método Kaizen: motivação e produtividade

“Um passo de cada vez” é o mantra desta técnica. Em japonês, Kai significa mudança e Zen sabedoria, pelo que se pode dizer que o seu nome se traduz em “sabedoria para a mudança”.

Quando um trabalhador mostra falta de capacidade em gerir o seu tempo ou energia e focá-los para uma atividade nova, está criada uma excelente oportunidade para o estimular com este método.

O Método Kaizen ou «regra do minuto» é o mais utilizado nos vários âmbitos da sociedade japonesa. Foi desenvolvido por Masaaki Imai com o objetivo de alterar o comportamento humano de forma escalonada e com pouco esforço.

Regra do minuto

Como o próprio nome diz, este método consiste em dedicar apenas um minuto por dia a uma tarefa que nos custa concretizar. Uma das diretrizes é que o façam sempre à mesma hora.

Não há desculpas para falhar: um dia tem 1 440 minutos, tempo de sobra para reservarem um minuto ao cumprimento de uma tarefa.

O que fazer com um minuto do vosso dia

A adoção deste método vai ajudar a criar uma rotina – psicológica e física – que, com o tempo, se vai transformar em satisfação pessoal de cada vez que cumprirem um novo desafio ou tarefa.

Por exemplo…

Se um trabalhador for designado para outro departamento – ou se simplesmente lhe foi atribuída uma nova competência -, deve ser posto em contacto com as novas funções pelo menos um minuto por dia.

Desta forma, no dia certo e à hora marcada, o vosso funcionário irá assumir o seu novo posto (ou tarefa) de forma voluntária e sem ter que ser lembrado de o fazer.

Este será o momento adequado para aumentar o seu tempo de exposição ao novo trabalho de 1 para 5 minutos – e assim sucessivamente até à implementação total da sua nova rotina.

Este é o princípio que rege o Método Kaizen. E a chave do seu êxito reside precisamente nas pequenas, mas contínuas alterações e modificações no trabalho, em vez da imposição de uma mudança súbita e imediata.

Como vimos, vencer a preguiça pode ser bem mais simples do que parece. Em vez de pensar no que somos ou não capazes de fazer, devemos tomar medidas e deitar as mãos à obr21a.