Dinheiro e Poupança

Soluções de pagamento: a revolução na gestão da tesouraria

A banca aberta (o denominado “Open Banking”) permitiu a criação de três novos tipos de serviços financeiros para as empresas. Em termos de gestão de tesouraria:

  • Emissão de pagamentos por iniciativa do devedor: Trata-se de um serviço que permite às empresas ordenar uma transferência de e para qualquer conta através de uma interface única, de um site ou de uma aplicação móvel.
  • A emissão de pagamentos por iniciativa do credor: Este serviço permite ao vendedor solicitar uma transferência para a conta do próprio cliente. A transferência é concebida neste sistema como uma ação que requer a validação do cliente, além da autenticação por parte do seu banco.
  • A agregação de contas: Referimo-nos a um serviço em que as informações sobre saldos e operações completadas pelo conjunto das contas da empresa são agrupadas numa única interface (site ou aplicação móvel).

As três revoluções das soluções de pagamento

As empresas irão beneficiar, a muito curto prazo, de soluções de pagamento profundamente renovadas.

Com efeito, para incentivar a fluidez do mercado financeiro europeu e a competitividade dos diferentes atores continentais, a União Europeia lançará duas reformas significativas diretamente relacionadas com as soluções de pagamento:

  • O estabelecimento da banca aberta (Open Banking);
  • Sistematização dos pagamentos instantâneos no âmbito do espaço SEPA.

As instituições bancárias, as fintechs e os organismos de regulação já dispõem da capacidade para materializar estas duas novas abordagens nos seus processos do dia-a-dia.

A passagem para um ecossistema aberto e em tempo real dá lugar a três revoluções no âmbito das soluções de pagamento.

Estas são as três tendências que afetarão os gestores de tesouraria das empresas nos próximos meses:

  • Pagamentos e recebimentos em tempo real;
  • Otimização da gestão de tesouraria num contexto em que a gestão do tempo real assume cada vez mais importância;
  • A luta contra a fraude e a garantia da segurança nas trocas financeiras.

O surgimento destes novos serviços pressupõe que as empresas simplifiquem a gestão do seu fluxo de tesouraria graças a cinco fatores:

  • Maior controlo da emissão de fluxos, acrescida à possibilidade de emitir transferências de forma imediata;
  • A agilização da cobrança de dívidas graças à opção de que ambas as partes iniciam a ação que desencadeia o pagamento;
  • Uma melhoria da visibilidade em tempo real, motivada quer pelo serviço de agregação de contas quer pelo início dos pagamentos;
  • Uma maior integração da cadeia de pagamento, o que facilita a implementação de serviços digitais que proporcionam valor acrescentado ao tratamento de dados e reforçam a segurança das transações;
  • A possibilidade de colaborar com novos parceiros financeiros, fintechs ou bancos.

Os fabricantes de soluções de gestão financeira para empresas têm o desafio de fornecer às empresas (seus clientes) funcionalidades e serviços renovados, em função das novas oportunidades derivadas da revolução nas soluções de pagamento.

Gestão de tesouraria: o que necessitam os gestores de tesouraria das empresas

Os responsáveis de tesouraria devem dispor de mecanismos que lhes permitam beneficiar das novas oportunidades sem perder o controlo nem pôr em risco a segurança das suas organizações.

Vale a pena esclarecer que estas são, em parte, específicas para cada empresa.

No entanto, podemos destacar as mais evidentes:

  • Um ambiente que facilite e reforce a visibilidade da disponibilidade de ativos líquidos, em tempo real e dentro dos prazos escolhidos;
  • Ergonomia e uma mobilidade que propiciem a agilização do movimento dos fluxos. Seria absurdo poder concluir uma transferência em 10 segundos e o procedimento interno correspondente necessitar de 25 cliques;
  • Ajuda na tomada de decisões. A aceleração das possibilidades de transação deve ser acompanhada de um reforço das capacidades de gestão relacionadas com a tesouraria. A inteligência artificial, “machine learning” e blockchain oferecem novas possibilidades neste sentido;
  • Reforço dos procedimentos de controlo e de segurança. Ao ser concluída de forma imediata, a transferência não pode ser revertidas. A sua solução de gestão financeira deve incluir opções mais avançadas para manter o controlo;
  • Automatização da recolha de dados de centros e filiais, bem como a possibilidade de gerar fluxos de trabalho em função do processo de tomada de decisões atuais ou futuras;
  • Integração de uma plataforma colaborativa que facilita os intercâmbios e as interações entre os participantes na cadeia de pagamentos e os parceiros bancários e os prestadores de serviços financeiros em geral.
  • Centralização e gestão das delegações de autoridade. A necessidade de uma autenticação forte decorrente da agilização das trocas financeiras requer o reforço dos mecanismos de gestão de procurações, autorizadores, signatários…

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Em suma, as necessidades dos gestores de tesouraria das empresas e dos fabricantes de software de gestão devem ser adaptadas ao novo quadro proporcionado pelas soluções de pagamento.

Ao mesmo tempo, as ferramentas e dispositivos de trabalho devem:

  • Permitir que as empresas aproveitem as oportunidades de acesso imediato para acelerar a disponibilidade de recursos financeiros e promover o crescimento e a inovação;
  • Acompanhar a agilização e a internacionalização dos intercâmbios com padrões adequados e tecnologias inovadoras para garantir que os recursos se mobilizem de forma adequada ao interesse da empresa.

Em suma, com o “Open Banking” ou banca aberta abre-se um mundo de oportunidades para os departamentos de tesouraria das empresas.